Desculpa não, perdão

Isso vai soar meio bombástico mas, pra mim, perdão não tem limite. Quer dizer, até tem, mas não o convencional, digamos assim. Tá que o meu namorado me traiu com a minha melhor amiga, me difamou em uma comunidade do Orkut, queimou meus pôsteres do Johnny Depp (monstro!) e dulterou as minhas notas no sistema da faculdade; se eu ainda conseguir achar uma fagulha de vontade pra perdoar o bendito, acredite, é o que eu vou tentar fazer. Sou uma trouxa pra pensar assim? Capaz que eu seja mesmo. Mãsacho que compensa, de algum modo estranho.

Mas vamos deixar claro: perdão não é sangue de baratismo. Perdão não é esquecer e deixar tudo como sempre foi. É voltar a confiar mesmo depois de tudo e, ainda por cima, não ter o menor rancor. É um tipo de confiança absurda, madura mesmo. Só digo isso porque perdoei alguém nas últimas semanas. Ah, me pegassem em setembro ou agosto; eu ia estar da pá viradíssma.